Sarcasmo Mode ON

Achando que o Cultura Upload estava precisando de uma dose de sarcasmo e ironia que podem ou não ser compreendidos, resolvi escrever. Não que eu seja um mal humorado de plantão! Talvez eu seja, mas não é esse o ponto. A questão é que sempre existem dois lados em uma moeda, e com essa afirmação podemos perceber que eu também adoro uma analogia tosca.

Pois bem, cultura. Cultura pode ter variadas definições, uma palavra que evoluiu durante a história, entrou em choque com o termo civilização e serviu para designar diferentes atividades, MAS apenas uma coisa é certa: é chato pra cacete. Sempre que você ouvir alguém falar em cultura pode ter certeza que vem um pseudo-intelectualismo incrustado no comentário. Parece que todo mundo quer defender sua visão do que é cultura e bla bla bla wiskas sache. Para evitar esse debate vamos apenas dizer que cultura é tudo aquilo produzido pelo ser humano. Pronto simples assim se alguém vier dizer que cultura é o estado em que um ser se encontra por estar incluído dentro do sistema civilizado ao qual pertence eu vou dar um tiro e diga não à violência.

Logo cultura pode ser moda, música, leitura, escrita, dança, esporte e qualquer coisa que você queira fazer, até mesmo pular de um prédio (fik dik). Então não venha com esse papo monstruoso de que funk não é cultura, ou a dança do maxixe não é cultura. Até o bolo pavoroso de cenoura com chocolate que sua mãe faz é cultura, mesmo que seu estômago demore 5 dias para fazer a digestão.

Aonde eu quero chegar? Em lugar nenhum, mas continuemos.

Todo esse papo vem da notícia que eu li hoje, e que me deixou estarrecido. A música que fez parte da adolescência de pelo menos duas gerações será transformada em filme. Sim, teremos uma versão cinematográfica de “Faroeste Caboclo”. Alguns de vocês podem pensar nesse momento: “uhú sempre imaginei a história dessa música vai ser super legal eu amo o mundo” e eu existo para arrancar esse seu sorriso burguês da face. A maravilha da coisa era que Faroeste Caboclo existia na imaginação de cada um que ouvia, e dessa forma nós podíamos ficar satisfeitos com a nossa própria visão dos fatos. Eis que surge um cineasta e resolve colocar para o mundo a visão dele de uma história que, cá entre nós, tem um spoiler de pelo menos 20 anos! E não para por aí!

Ísis Valverde foi escolhida para interpretar Maria Lúcia, personagem importante na trama. Olhando para a foto podemos perceber que esta atriz é uma representante honrada do grupo “picolé de xuxu” existente na TV brasileira, ao lado de Carolina Dickman e outras belezuras que esbanjam uma simpatia plástica tão natural quanto o corpo de Angela Bismarck

Tudo bem que a música foi tema de adolescentes que acreditavam no rock nacional. Mas essa geração hoje é adulta! Não queremos nossa música virando um capítulo de malhação! Os adolescentes de hoje gostam de Restart, e outras coisas coloridas. Fruto de uma geração criada a leite de caixinha e telettubies. Nada contra, nem a favor. Mas respeitem a minha geração que cresceu e agora não merece ver sua música-tema se resumir a um triângulo amoroso tendo como plano de fundo o problema das DORGAS no Brasil.

Finalizando, criarei um elo entre os assuntos para que vocês não tenham a certeza de que sou completamente lunático. Cultura é sim tudo aquilo produzido por nós, mas PELAMOR vamos produzir coisas com consciência e responsabilidade! Já não basta termos que suportar essa música em rodas de violão, ainda é capaz de mudarem o final da história para surpreender e agradar a galere. Vamos ver na tela do cinema o capitão Nascimento aparecendo ao fim, prendendo o Jeremias e instalando uma UPP em Planaltina! Ó céus! 

Por @danieloose